top of page
Foto do escritorValeska Petek

Testes de Perfil: aliados do plano de carreira embasado em dados


Sabe quando participamos de um processo seletivo e recebemos o feedback de que não fomos selecionados pois optaram por "outro candidato com um perfil mais aderente à vaga"? Na época em que eu estava buscando emprego eu não conseguia traduzir essa frase: me pareciam apenas palavras genéricas e educadas para me dizer um não.


Quando fui Recrutadora eu entendi melhor o que esse tal de perfil significava. Em uma interpretação mais ampla, ele pode incluir tudo que a vaga precisa: o nível de escolaridade, os anos de experiência e também as soft skills. Entretanto, é possível afunilar ainda mais e entender a palavra perfil no sentido de perfil comportamental. Hoje, após ajudar diversos profissionais a planejarem suas carreiras (e também ter uma certificação no tema), percebi e reforço que:


Conhecer o nosso perfil comportamental não vale apenas para processos seletivos, em que alguém nos avalia. É uma informação fundamental para nós mesmos, pois nos permite compreender em quê, naturalmente, somos bons - e isso faz a diferença ao planejarmos a carreira que queremos ter.

Afinal, como podemos caminhar rumo aos nossos objetivos se não conhecemos o nosso ponto de partida?


SE CONHECIMENTO É PODER, IMAGINE CONHECER A SI MESMO


Como dizia o filósofo inglês Francis Bacon, "saber é poder". Isso significa que, ao termos conhecimento sobre algo, temos poder e influência sobre ele. Geralmente aplicamos esse conceito a fatores externos, como:


  • Um contexto: se eu já sei que em determinada avenida é comum ter um congestionamento de carros às 18h, eu posso me planejar para usar uma rota alternativa até o meu destino;

  • Uma venda: se eu conheço bem o que o meu cliente precisa, posso oferecer um produto ou serviço que se ajuste às suas necessidades e o fidelize;

  • Um processo seletivo: se eu entendo o que uma determinada vaga demanda do profissional que irá ocupá-la, posso direcionar minhas respostas na entrevista de uma forma que valorize como eu poderia ter um bom desempenho nela;

  • ... e muito mais!


Imagine o potencial de transformação que passamos a ter quando conhecemos a nós mesmos. Por exemplo, se eu sei que tenho um perfil com uma tendência mais comunicativa, que gosto de alcançar resultados através das pessoas, posso optar por:


  1. Buscar oportunidades que se beneficiem disso (como é o meu caso hoje, pois atuo como Mentora de Carreira, e essas características minhas me ajudam a oferecer cursos e mentorias com mais qualidade). Nessa escolha, uma das principais ações de desenvolvimento seria lapidar (aprimorar) habilidades que já existem;

  2. Ou então: adaptar o meu comportamento para conseguir ocupar uma posição que combine mais com outro perfil (como foi o meu caso há alguns anos, quando atuei como Revisora, com atividades mais individuais e que demandavam concentração). Para essa escolha, a principal ação de desenvolvimento seria desenvolver habilidades que ainda não eram tão fortes em mim.


A decisão sobre colocar nossa energia para potencializar o que já fazemos bem, ou então desenvolver algo que sentimos dificuldade, vai depender do nosso objetivo de carreira (eis a importância do planejamento).



Ou seja: não há uma receita pronta do que devemos fazer. Mas já adianto que, geralmente, temos mais chances de sucesso quando focamos em desenvolver o que já somos bons. Afinal, quando tentamos adaptar muito o nosso comportamento natural, temos dois esforços: no meu caso, eu tanto precisava focar em ser mais concentrada, quanto precisava "segurar" o meu lado mais comunicativo, pois ele prejudicaria o meu desempenho naquele cargo. Perceba que eu gastava muita energia pra fazer tudo isso - enquanto que, se estivesse em um cargo que combinasse comigo, eu poderia ter alcançado melhores resultados sem precisar de tanto esforço.


O "ACHISMO" PODE ATÉ SER UM PRIMEIRO PASSO, MAS NOS INDUZ AO ERRO


Eu sempre tive o hábito de estudar sobre autoconhecimento e conversava muito com meus amigos sobre o tema. Também fiz terapia em diversos momentos da vida, o que me ajudou a entender a minha história e o que me levava a ter determinados pensamentos, sentimentos e comportamentos. Unindo isso à minha própria autoanálise e os feedbacks que havia recebido ao longo da minha vida, achava que já era o suficiente pra poder dizer que me conhecia muito bem.


Até que eu, como candidata de um processo seletivo, fiz um teste de perfil que se baseava na metodologia DISC. Quando tive acesso ao meu relatório, fiquei resistente ao ler alguns itens. Pensei "o teste quase acertou, mas nesse ponto aqui não é bem assim, essa não sou eu". É possível que o teste tenha indicado algo incorreto? Sim, nenhuma metodologia é isenta de falhas. Entretanto, após unir o resultado dele com uma análise mais profunda - inclusive comparando aquele resultado com o de outros testes de outras metodologias - vi que ele estava, sim, correto. Eu é que não havia percebido aquela característica em mim mesma ainda.


Sem aquele teste, eu teria ficado limitada às minhas próprias crenças, e teria planejado todo o meu desenvolvimento com base nas minhas próprias impressões. Embasar minhas decisões em dados trouxe outro nível de seriedade para a forma como eu lidava com a minha própria carreira. Porque ela merece, né? :)


-


Se você também quer tomar decisões de carreira com base em dados, fale comigo! Desde 2019 sou certificada pela Thomas International Brasil a aplicar e dar devolutivas do PPA (teste de perfil com base na metodologia DISC, auditado pela Federação Europeia de Associações de Psicólogos). Ele será a base da nossa análise, em que te ajudo a se conhecer melhor, bem como planejar os próximos passos do seu desenvolvimento - sempre de acordo com o que você deseja alcançar.


-


Vamos juntos construir a carreira que você quer ter?


Marque aqui alguém que vai gostar desse artigo. Vou adorar ler seus comentários ou dúvidas!


-

Artigo publicado originalmente aqui.

Comments


bottom of page