Concorrer a vagas que pedem experiência é um desafio para profissionais de diversas áreas, especialmente quando recém-formados. Por um lado, faz super sentido se questionar sobre "como vou ter experiência em algo que acabei de aprender?" - afinal, a fase logo após a conclusão da graduação é muitas vezes considerada um início oficial da carreira.
Por outro lado, te convido a repensar o conceito de experiência. Afinal:
Um trabalho informal (como ajudar alguém da família em uma loja nos fins de semana) nos ajuda a desenvolver habilidades independentemente do registro em uma carteira de trabalho;
Um projeto como freelancer (autônomo) pode nos trazer aprendizados valiosos que serão aplicados em um futuro cargo como funcionário em uma empresa;
Atividades extracurriculares durante a graduação (como empresas juniores, iniciações científicas e outros projetos) oferecem uma oportunidade de experimentação dentro do ambiente universitário;
Um trabalho formal em outra área de atuação pode servir como ponte para um cargo de entrada na área desejada que demande as mesmas soft skills, por exemplo.
Por mais simples que pareça, toda experiência importa. Para exemplificar como essas etapas são relevantes, trago a história da Laura Amorim, que fez parte de diversas atividades extracurriculares ao longo da graduação. Confira aqui o relato sobre como essa coleção de vivências contribui para uma carreira de sucesso! 😉
Vamos lá, Laura! Podemos começar conhecendo um pouco sobre você? Qual a sua formação acadêmica?
Cursei Relações Públicas na Unesp.
Quantos anos você tem de experiência na área?
4 anos de experiência.
Quais habilidades (soft skills) você percebe ter?
Me considero uma pessoa muito empática, colaborativa, gosto de trabalhar em equipe. Também sou proativa: não espero as demandas chegarem e ofereço ajuda.
Agora vamos entender a sua trajetória: com qual idade você começou a trabalhar?
Comecei a trabalhar aos 20 anos.
Na época, como você imaginava que seria a sua carreira no futuro? Você sonhava em ter alguma profissão em específico? Alguém que te inspirava?
Já sonhei em seguir a área acadêmica, pois minha mãe é professora. Acabei me descobrindo melhor no meio do caminho e até hoje estou nesse processo. Me inspiro em várias pessoas que fazem parte do meu dia a dia, pois vou aprendendo com o que percebo de melhor nelas. Por exemplo: tenho um colega que é muito claro na sua comunicação, especialmente quando aborda temas complexos - uma habilidade que quero desenvolver ainda mais.
Quais foram as suas vivências profissionais até a conclusão da graduação? Elas faziam parte da sua estratégia ou você aproveitou oportunidades conforme surgiam?
Fiz parte de vários projetos durante a faculdade:
Fui membro da AIESEC, na área comercial. Busquei essa experiência pois vi vários amigos fazendo parte e fiquei curiosa sobre o que poderia aprender por lá;
Em um projeto da 99, fui embaixadora da marca em Bauru com o público de universitários. Essa oportunidade surgiu através do networking: em uma festa universitária, conversei com uma pessoa com quem eu tinha amigos em comum e, devido ao meu perfil (comunicativo, flexível, com experiência morando em repúblicas), fui indicada;
Fiz iniciação científica pois tinha vontade de atuar na área acadêmica, especialmente por me inspirar na minha mãe, que é professora. Busquei uma orientadora, visando desenvolver um projeto mais analítico, para testar se esse caminho ainda faria sentido pra mim;
Fui membro da Liga de Mercado Financeiro, na área de comunicação, pois na época me sentia perdida e estava aberta a experimentar possibilidades. Me candidatei por indicação do meu namorado, que havia participado anteriormente;
A busca por um estágio também fez parte das minhas experiências. Me candidatei à mesma empresa (99, a mesma da qual fui Embaixadora antes) várias vezes e fui aprovada na quarta tentativa, quando estava mais tranquila e pude contar a minha história valorizando mais as minhas habilidades.
Pensando no seu cargo atual, quais conhecimentos você trouxe dessas vivências anteriores?
Eu não tinha muita clareza sobre isso, pois sentia que eram experiências variadas e isoladas. Só depois de estruturar o meu plano de carreira entendi como conectá-las, pensando nas habilidades que cada uma me ajudou a desenvolver e nas vagas que mais aproveitam esse repertório que construí.
Hoje, vejo como esses projetos me ajudam no trabalho atual. Por exemplo: a área financeira me ajudou a entender como funciona a economia e algumas leis que impactam o negócio. Além disso, aprendi com a metodologia científica a mensurar os feedbacks dos motoristas sobre o aplicativo.
E o que você precisou aprender quase "do zero" quando começou no cargo atual?
Precisei aprender a me comunicar melhor em inglês com o time da China. Mais do que a questão do idioma em si, por serem da área de desenvolvimento de produtos, o conteúdo das reuniões acaba sendo muito técnico, e depois tenho que traduzir de forma didática para o português ao falar com times locais, como o de Marketing e de Insights. Por terem focos diferentes, preciso filtrar as informações considerando o que mais interessa para eles.
Por fim: qual conselho você daria para alguém que esteja construindo suas primeiras experiências profissionais?
Busque seu autoconhecimento. Geralmente é uma fase da vida mais tensa, em que precisamos do emprego, mas você também aprende a se ver melhor. Na época, eu só fui fazendo, e hoje posso refletir e entender tudo o que aconteceu e conectar os pontos. Mesmo que se sinta um pouco perdido, faça pensando em como você irá se conhecer melhor com isso. É um processo natural.
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Se você se identificou com a história da Laura, me conte! E marque aqui alguém que está passando por reflexões parecidas e que vai gostar desse artigo. Vou adorar ler seus comentários ou dúvidas!
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Artigo publicado originalmente aqui.
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