Você já ouviu algum estereótipo sobre o perfil de quem cursou Engenharia? 👷
Quando atuei em indústrias, convivi com muitos profissionais com essa formação e diversas especialidades (Produção, Mecânica, Elétrica, Civil, Ambiental, etc.). Hoje, mantenho o vínculo com a área pois grande parte dos profissionais que oriento também têm essa trajetória. Em todos os momentos, já ouvi (deles mesmos e de colegas de outras áreas) descrições sobre o perfil do profissional de Engenharia que destacassem:
▶ Sua facilidade com o raciocínio numérico ao fazer cálculos;
▶ Sua habilidade analítica na interpretação de dados;
▶ Sua tendência a se comunicar de forma mais direta e objetiva, muitas vezes tímida.
Há profissionais Engenheiros assim? Sim.
Todos os profissionais Engenheiros são assim? Não.
Independentemente da área de formação, não me parece realista descrevermos profissionais a partir de rótulos. Dos três itens citados, o que mais me chama a atenção é o terceiro, que fala sobre o estilo de comunicação desses profissionais. Para exemplificar, entrevistei uma profissional que rompe com esse padrão: analítica e também comunicativa, a Estela Benatti compartilhou um pouco da sua história como Engenheira de Produção que atua diretamente com Comunicação e Marketing! 😉
Vamos lá, Estela! Podemos começar conhecendo um pouco sobre você? Qual a sua formação acadêmica?
Sou Engenheira de Produção pela Unesp, no campus de Bauru (SP). Quando me formei, fui eleita a primeira da minha turma e também fui homenageada pelo CREA (😬), o que me traz muito orgulho. Atualmente, sou pós-graduanda do curso de MBA de Gestão de Negócios da USP/ESALQ.
Que máximo! E quantos anos você tem de experiência em cada área?
Por pouco mais de 2 anos atuei em Processos (em estágios relacionados à Engenharia de Produção). Agora, já são 20 meses na área de Comunicação e Marketing (comecei como Trainee e, mais recentemente, me tornei Analista Sênior).
Quais habilidades (soft skills) você percebe ter?
Comunicação, proatividade, persistência, e ser esforçada nos estudos.
Agora vamos entender a sua trajetória: com qual idade você começou a trabalhar?
Aos 21 anos tive meu primeiro emprego formal (meu estágio da Volvo), mas antes disso participei do PET e da AIESEC como voluntária. Comecei nos projetos extracurriculares com 18 anos.
Na época, como você imaginava que seria a sua carreira no futuro? Você sonhava em ter alguma profissão em específico?
Sempre achei que minha carreira seguiria os rumos da engenharia de produção a partir da decisão da faculdade que cursei. Nunca passou na minha cabeça que atuaria em outra área. Queria liderar pessoas em uma indústria de bens de consumo - essa era minha visão.
Você tinha um planejamento de carreira?
Meu planejamento de carreira sempre foi voltado a atuar na liderança de uma área industrial, de preferência de bens de consumo. Sempre gostei muito de lidar com pessoas.
Qual (e como) foi a sua maior mudança profissional?
Sem dúvidas foi o Programa de Trainee. A partir do momento que fui selecionada para a vaga de Comunicação e Marketing senti um certo medo do que viria pela frente, pela falta de domínio técnico da função que estava assumindo.
Essa mudança aconteceu por uma escolha sua ou foi causada por algum outro motivo?
Na verdade a minha escolha foi pelo Programa de Trainee, enquanto que a escolha da área partiu dos gestores da área. Sempre se mostraram muito seguros pela minha colocação na área de Comunicação e Marketing.
Qual foi a sua primeira ação depois que essa mudança aconteceu?
Estudar, estudar e estudar. Fui em busca de mentorias, cursos e teorias relacionadas à área de Comunicação e Marketing, mas nada como a prática para me ensinar como seriam as atividades nessa nova função.
Quanto tempo levou, mais ou menos, desse a sua primeira ação até você sentir que essa transição foi concluída?
Acredito que os primeiros 6 meses foram os que fizeram a “transição”. A partir daí, passei de posição passiva para ativa, atuando de fato como uma profissional de Comunicação e Marketing. Mas, sem dúvidas, sigo aprendendo um pouco a cada dia sobre essa área tão completa.
O que você precisou aprender? E quais conhecimentos você "aproveitou" da área anterior?
Nenhum conhecimento ou formação são “jogados no lixo”. O fato de eu ser Engenheira contribui muito no meu dia a dia, principalmente no raciocínio lógico e nas cadências de estudos. Mas aprendi e sigo aprendendo muito sobre a parte técnica de comunicação e marketing.
Por fim: qual conselho você daria para alguém que esteja considerando passar por uma transição de carreira ou mesclar áreas diferentes?
Parece um "bicho de sete cabeças" e que nunca vamos aprender aquilo que precisamos para essa nova área, mas meu conselho é que usemos a nosso favor os conhecimentos que já possuímos para desenvolver as novas habilidades necessárias. No fim, tudo se encaixa e somos capazes de alcançar tudo o que desejamos se tivermos perseverança e vontade! :)
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Se você se identificou com a história da Estela, me conte! E marque aqui alguém que está passando por reflexões parecidas e que vai gostar desse artigo. Vou adorar ler seus comentários ou dúvidas!
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Artigo publicado originalmente aqui.
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