A distância entre a teoria e a prática (que pode ser grande em algumas áreas de conhecimento) nos levam a imaginar mundos diferentes quando comparamos a academia e o mercado. Afinal, para quem não transitou por ambos, nem sempre é fácil explicar como um Mestre ou Doutor pode ser um bom profissional em cargos que não sejam relacionados ao ensino ou à pesquisa.
Por um lado, realmente há dinâmicas diferentes de trabalho em cada ambiente - pois o propósito é diferente. Enquanto na universidade um Mestrando busca se aprofundar em um tema, o funcionário de uma empresa pode precisar ser mais generalista (dependendo da área). Em ambos os casos é possível dialogar com outras especialidades, mas a forma como isso ocorre em empresas costuma ser mais fluida do que na academia - já que nela há, propositalmente, uma metodologia científica estruturada que direciona passos como esse.
Por outro lado, há habilidades que beneficiam ambos os profissionais:
▶ Planejamento e execução de cronogramas;
▶ Pensamento crítico e análise de dados;
▶ Identificação e Resolução de Problemas;
▶ ...e muito mais!
Para exemplificar como é possível conectar essas duas áreas, trago a história da Vitória Sá que, além de Mestre em Comunicação, atua com foco em inovação e empreendedorismo para empresas de diversos portes! Confira! 😉
Vamos lá, Vi! Podemos começar conhecendo um pouco sobre você? Qual a sua formação acadêmica?
Sou Relações Públicas e mestre em Comunicação. Antes da graduação eu também havia feito um curso técnico em Impressão Gráfica.
Quantos anos você tem de experiência em cada área? (acadêmica e mercado)
Atuo há 7 anos na área acadêmica e há 7 anos no mercado.
Quais habilidades (soft skills) você percebe ter?
Sou analítica, comunicativa, e valorizo a boa relação entre as pessoas.
Agora vamos entender a sua trajetória: com qual idade você começou a trabalhar?
Aos 18 anos.
Na época, como você imaginava que seria a sua carreira no futuro? Você sonhava em ter alguma profissão em específico?
Sim, sonhava com várias! Eu queria ter alguma daquelas profissões em que eu tivesse que estudar muito e me vestir bem para trabalhar (no meu imaginário isso era "chique" 😅).
Você tinha um planejamento de carreira?
Não muito, planejava somente o vestibular. Fui criada pensando que, ao escolher o curso, automaticamente eu teria definido também com o que atuaria, sem muitas opções para selecionar depois. Inclusive, quando considerei fazer Jornalismo, por exemplo, ouvi de uma profissional da área que o leque de atuação não era tão amplo. Já na graduação, cursando Relações Públicas, eu percebi pessoas na segunda graduação, mesclando áreas... e aí entendi que havia mais possibilidades.
Qual (e como) foi a sua maior mudança profissional?
Foi o final do meu mestrado, quando deixei a área acadêmica e foquei em atuar apenas no mercado.
Essa mudança aconteceu por uma escolha sua ou foi causada por algum outro motivo?
Foi uma escolha minha. Ao mesmo tempo em que tive vivências enriquecedoras na academia, também tive outros que chegaram a ser, na minha visão, tóxicos e desrespeitosos. Assim, eu percebi que faria mais sentido pra mim buscar outros caminhos para exercer a minha profissão.
Qual foi a sua primeira ação para fazer essa mudança acontecer?
A primeira ação foi tomar a decisão em si, de que eu iria mudar de área.
Quanto tempo levou, mais ou menos, desde a sua primeira ação até você sentir que essa transição foi concluída?
Sinto que estou até hoje em transição, aprendendo muito. E estou amando!
O que você precisou aprender? E quais conhecimentos você "aproveitou" da área anterior?
Precisei aprender a aceitar que não perdi tempo enquanto estive em uma área que não me trouxe a realização profissional que eu esperava. Afinal, sempre podemos aproveitar algo e levo aprendizados importantes naquela fase.
Nos processos seletivos, qual era o seu principal argumento para mostrar como a sua vivência acadêmica contribuiria para o seu desempenho na vaga em questão?
Eu contava tudo o que eu aprendi enquanto estive na área acadêmica e como aquelas habilidades poderiam ser úteis para a vaga que eu buscava. Por exemplo: eu explicava que os anos de leitura, pesquisa e escrita me fizeram ter um senso analítico apurado, além de ter uma grande habilidade de aprender e me adaptar rápido. As pessoas muitas vezes se esquecem de que tudo que fazemos nos faz desenvolver uma habilidade além do conhecimento especifico que estamos buscando naquele momento.
Por fim: qual conselho você daria para alguém que esteja considerando passar por uma transição de carreira?
Nunca é tarde pra tomar essa decisão. Faça análises mas também escute seu coração, pois é uma decisão baseada na razão e também nos nossos sentimentos. E importante: saiba a quem pedir conselhos, sejam eles amigos ou mentores profissionais.
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Se você se identificou com a história da Vitória, me conte! E marque aqui alguém que está passando por reflexões parecidas e que vai gostar desse artigo. Vou adorar ler seus comentários ou dúvidas!
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Artigo publicado originalmente aqui.
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